Estamos celebramos o Mês Vocacional, dentro da dinâmica pastoral da Igreja no Brasil, no primeiro domingo de agosto comemoramos o Dia do Padre. A proximidade com a memória litúrgica de São João Maria Vianney (1786-1859), patrono dos párocos, no dia 4 de agosto, faz a Igreja celebrar com alegria e júbilo os presbíteros de todo o mundo.
Sendo assim, a Pastoral da Comunicação, ouviu um pequeno relato com o testemunho vocacional do padre Celestino Sandi, que está há poucos meses na nossa paróquia.
Testemunho Vocacional do Padre Celestino Sandi
Entrei no seminário com 13 anos de idade para fazer a sexta série, vindo de um lugar isolado e com muita dificuldade nos estudos nos primeiros anos. Posso dizer que até chegar ao seminário não tinha feito um verdadeiro discernimento vocacional, mas foram os primeiros anos dessa convivência que me entusiasmaram para a vida sacerdotal. É no silêncio e na oração que podemos escutar o chamado de Deus, de modo particular nas celebrações eucarísticas. “Não foram vocês que me escolheram; fui que vos escolhi”. (Jo 15, 16)
A partir dessa convicção do chamado de Deus para essa missão senti as limitações, parecia um ideal distante. Mas a fé e a perseverança foram fundamentais e Deus foi me guiando e mostrando o caminho.
A beleza e a importância do sacerdócio na Igreja são fundamentais. Mesmo que hoje a atuação e o protagonismo dos leigos sejam incentivados. A vocação sacerdotal é um serviço à Igreja e por isso vivida na fé e na humildade. Sem buscar honra ou prestígio ou privilégio. Sabemos como diz São Paulo: “trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que se veja esse incomparável poder é de Deus” (2º Cor. 4,7).
Jesus advertiu os discípulos por diversas vezes sobre as dificuldades e perseguições que encontrariam na missão, porque deveria ser como “ovelhas no meio de lobos”. Temos às vezes incompreensões, de modo particular nos trabalhos sociais, mas a importância da perseverança e buscar fazer o bem aos outros. Trabalhando em lugares que tinha muita falta de padres e poder atender uma comunidade, ou um grupo para celebrar a eucaristia sempre foi uma satisfação muito grande para mim. Passar a semana santa em um município, em uma paróquia que não tinha padre também foi uma alegria, mas a maior consolação sempre vem de Deus.
A Igreja do Brasil precisa de seis mil padres podemos dizer que há vagas para a vida sacerdotal, mas que venham com espírito apostólico e de serviço ao povo de Deus. É o Senhor que chama e envia.