Batayporã! Jerusalém é aqui!

Mais de 120 atores, um batalhão de produtores, fizeram um espetáculo de tirar o fôlego para uma plateia atenta e concentrada.

O Estádio Municipal Mohamed Mustafá de Batayporã foi palco para o Espetáculo “A PAIXÃO DE CRISTO”. No gramado um cenário digno de Hollywood, com atores e atrizes de todas as idades, pessoas comuns da comunidade, que brilharam na perfeita interpretação de um dos momentos mais solenes para os cristãos, a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Nas arquibancadas os espaços foram poucos, uma multidão, que pontualmente compareceu e prestigiou esta superprodução local do início ao fim.

A multidão silenciosa acompanhou cada momento da encenação. Foi como se aquela noite memorável, quando o Filho de Deus se entregou pela Humanidade, tivesse se materializado nas vidas do Povo e dos atores e atrizes. O silêncio foi de arrepiar! Para não dizer que não se ouvia ruídos, ouvia-se apenas fala de crianças muito pequenas, porque as maiorzinhas interagiam com o espetáculo, inclusive acompanhado os deslocamentos dos atores nos vários cenários.

O estádio ganhou status de um grande teatro e acolheu, pessoas de todos os credos e religiões. Não foi um espetáculo católico, foi mesmo a introdução do grande momento, que a humanidade vive, um momento de repensar a nossa hora atual a partir da Palavra de Deus, que se faz carne e vem habitar no meio de nós, experimentando as nossas condições de humanos, exceto os nossos pecados.

O Sermão da Montanha soou no estádio, como um grande apelo à conversão. Um chamado a deixarmos as nossas picuinhas de pessoas egoístas e mergulharmo-nos na imensidão do amor de Deus, que não faz acepção de pessoas, pelo contrário, acolhe todos, sob o mesmo coração, o coração de um Pai Misericordioso.

As cenas dos embates de Pilatos, Herodes e os doutores da lei contra o Messias revelaram a insana luta dos poderosos em se manterem em seus tronos a todo preço, mesmo quando este custo são vidas humanas, no caso a vida de Jesus. E a cruz foi de verdade o momento obscuro, mas ao mesmo tempo iluminador, porque foi ela, que abriu o caminho para a vida definitiva, a ressurreição e a glória.

Alguém pode perguntar: “mas foi mesmo tão bom assim”? Esta resposta veio da plateia, que permaneceu até ao final, quando houve uma explosão de aplausos com o momento da ressurreição e permaneceu aplaudindo de pé, os atores, que num gesto lindo de se ver, formaram uma corrente e caminharam até ao público como num gesto de humildade e gratidão. Em pelo menos 15 minutos a multidão em pé aplaudiu agradecida a tão maravilhosa experiência.

Podemos dizer sem dúvida, que em 19 de março de 2016, Jerusalém se transportou para Batayporã e nós vivemos e revivemos a glória do Senhor.

PASCOM
Pastoral da Comunicação