Santo Antônio nasceu em Lisboa (Portugal) em 1192, e foi batizado com o nome de Fernando. Filho de pais ilustres: Martinho de Bulhöes, cavaleiro do rei Afonso II de Portugal e Maria. Decidido renunciou à herança paterna e os títulos vindo a ingressar no ano de 1208, aos 16 anos de idade, no mosteiro de são Vicente de Fora dos Agostinianos. Desejoso de seguir o exemplo dos Franciscanos, e talvez o martírio, mudou seu nome para Antônio. Entregou-se com empenho à oração e ao estudo. Aprofundou-se na doutrina do grande doutor da igreja, santo Agostinho. Transfere-se para o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, sem trocar de ordem religiosa. Lá continuou a sua formação espiritual e intelectual vindo no ano de 1219 a ordenasse sacerdote.
O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica do seu tempo. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos.
MILAGRES
Muitos são os milagres prodigiosos de Santo Antônio, dentre tantos o dos peixes. Defrontado com a indiferença da população, Santo António dirigiu-se aos peixes do mar que surgiram, aos milhares e muito organizados, emergiram as suas pequenas cabeças para ouvir a palavra de Deus. Homens e mulheres acorreram para ver esta maravilha, tendo muitos se convertido à fé católica.
Outro milagre de grande repercussão foi o da mula que retrata que enquanto Santo Antônio caminhava com o Santíssimo Sacramento e todos os católicos se colocavam de joelhos rezando, um senhor infiel chega conduzindo sua mula, a qual maliciosamente foi privada de alimento durante os últimos dias. Faminto, o animal estava tão violento que nem o próprio dono obedecia. Contudo, ao se aproximar do Santíssimo, a mula se acalmou, e diante de todos ali presentes, milagrosamente a mula se ajoelhou perante a Hóstia Consagrada ostentada por Santo Antônio.
MORTE
Em 13 de junho de 1231, no convento-eremitério de Arcela dos frades franciscanos, foi acometido por um forte mal-estar. Antônio pediu a presença de um religioso para se confessar, que lhe ministrou também o sacramento da unção dos enfermos. Depois de ter comungado, entoou seu hino predileto dedicado a Nossa Senhora, a quem sempre demonstrará grande devoção. Depois com um sorriso e uma expressão de paz imensa, disse aos que o cercava: “Vejo o meu Senhor”, e entregou a alma a Deus aos 39 anos.
Mas tarde na cidade de Pádua (Itália), ergue-se uma grande Basílica que leva o seu nome, na qual descansam suas relíquias. Santo Antônio continua sendo o santo mais popular do Brasil, conhecido também como padroeiro dos pobres, santo casamenteiro e é muito lembrado nas festas juninas, nas quais são acesas fogueiras em sua homenagem.
A devoção popular o colocou entre os santos mais amados do Cristianismo, cercou-o de riquíssimo folclore e lhe atribui até os dias de hoje inúmeros milagres e graças.
“Eu vos esconjuros, pois deixai vossa boca emudecer-se e vossas ações falarem! Nossa vida está tão cheia de belas palavras e tão vazias de boas obras” (Santo Antônio).