O carnaval

De início vamos nos lembrar que o Carnaval não tem nada a ver com a fé católica, como muitos fazem questão de afirmar.

A festa de Carnaval remonta a épocas antigas, e já se comemorava na Mesopotâmia, Grécia e Roma, onde se cultuava deuses pagãos. As pessoas invertiam os papéis, onde os homens se vestiam de mulheres, patrões de escravos e vice-versa. Estas festas terminavam sempre com sacrifícios aos deuses pagãos.

O Carnaval chegou ao Brasil através dos Portugueses com o nome de Entrudo.

De início era uma festa de caráter particular e familiar, que tinha a casa invadida e atacada (com a permissão dos donos) por amigos com os famosos limões-de-cheiro (bolas contendo perfumes, farinha e/ou urina).

Depois ganhou as ruas e todos entraram na brincadeira de atirar água e coisas uns nos outros, e outras travessuras como se jogarem nas fontes públicas, etc. Nesta época começou a haver a separação entre patrões e escravos, festejando cada um a sua maneira.

            A partir do século XIX a polícia começou a limitar este tipo de manifestação, permitindo somente jogar confetes, e começou-se a utilizar máscaras, fantasias e tambores. Um marco desta época foi a primeira marchinha de Carnaval, composta por Chiquinha Gonzaga, “abre alas”, que é tradicional até hoje.

No Século XX surgem os primeiros carros alegóricos introduzidos pelas elites, e começaram as primeiras escolas de samba, que é o principal ritmo musical do Carnaval até hoje.

A partir de 1930 o Brasil passa a ser conhecido internacionalmente como o país do Carnaval.

As escolas desfilam a cada ano como vemos atualmente com temas e coreografias que buscam contar uma história, do país, do mundo, dos costumes, e outras. E temos ainda os blocos de rua onde todos são convidados a se divertirem.

Infelizmente, vemos nisto tudo os piores abusos e excessos, onde muitos se aproveitam de uma máscara, ou não, para fazer tudo que normalmente não faria. É a época que o governo oferece camisinhas e até a famosa “pílula do dia seguinte” (abortiva).

O mal entra nesta festa através de drogas, bebidas, abusos sexuais, orgias, pornografias, violência e de muitas outras formas.

É aí que a igreja entra, por causa de tudo isso, colocando após este período de festividades, com mentalidade de tudo pode, com um período de quarenta dias de penitência, oração e jejum, dando a oportunidade para reflexão e mudança.

O nome da festa foi mudado de entrudo para Carnaval (carne vale), porque a partir da data estabelecida pela igreja (quaresma), se deveria fazer abstenção de carne, para ajudar na mortificação    das obras da carne, a fim de se voltar para uma vida espiritual mais intensa, e celebrar a festa das festas, a Páscoa.

A igreja sábia e atenta, respeita a tradição e costumes de seu povo, apresentando sempre uma outra coisa melhor como: a quaresma e a Páscoa.

Por Marlene Cardoso Pereira

PASCOM
Pastoral da Comunicação